ESCRITURA PÚBLICA DE ADIÇÃO DE SÓCIO QUE ENTRE SI FAZEM A FIRMA CASTRO & CIA ., COM O OUTORGADO CLEODON URCESINO DE HOLANDA CASTRO.
SAIBAM quantos virem o presente instrumento de escritura pública de adição a firma comercial,que aos vinte dias do mes de novembro do ano de mil novecentos e sessenta e tres,nesta cidade de Sena Madureira, sede da comarca do mesmo nome nome, Estado do Acre, República dos Estados Unidos do Brasil, em meu Cartório no Fórum compareceram as partes entre si, justas, avindas e contratadas, a saber: de um lado como outorgante a firma CASTRO & CIA., estabelecida neste Municipio de Sena Madureira, Estado do Acre, representado neste ato pelo seu sócio solidário ANTONIO URCESINO DE CASTRO FILHO, brasileiro, casado, residente nesta cidade; e de outro lado como outorgado CLEODON URCESINO DE HOLANDA CASTRO, brasileiro, casado, comerciante, residente em Fortaleza, capital do Estado do Ceará, neste ato representado por seu bastante procurador MÁRIO AMAZONAS BRAÑA, brasileiro,casado, comerciante, também residente nesta cidade, ambos meus conhecidos e das testemunhas presentes, que vão adiante nomeadas e que esta assinam no final, perante as quais,pela firma CASTRO & CIA., me foi dito o seguinte: que de acordo com o estatuto na clausula 16a do contrato de sociedade da citada firma, lavrado na cidade de Feijó, deste Estado no dia 25 de maio do ano de 1957, referida sociedade CASTRO & CIA., poderá admitir novos sócios, desde que para este fim, estejam de acordo com todos os sócios; que como seja este o desejo de todos que compoem a citada firma, vinha por meio desta escritura incluir seu irmão CLEODON URCESINO DE HOLANDA CASTRO, acima referido e qualificado na sua firma CASTRO & CIA., da qual ficará pertencendo da data desta escritura, o qual se obrigará a cumprir rigorosamente as exigencias contidas na clausulas do contrato supra citado de sociedade comercial, lavrado como já ficou dito acima na cidade de Feijó, deste Estado do Acre, no dia 25 deMaio de 1957; que fica o mesmo obrigado a dentro do prazo de sessenta dias a com a quantia de quatrocentos mil cruzeiros, em moeda corrente do País; que como os demunhaemais sócios, cabe ao sócio admitido, doravante, todos os direitos, garantias e responsabilidaades da sociedade. Pelo outorgado CLEODON URCESINO DE HOLANDA CASTRO, por seu bastante procurador, me foi dito perante as mesmas testemunhas, que aceita a presente escritura, tal como se contem e declara, bem assim, que se compromete a dentro do prazo de sessenta dias, a partir desta data,entrar com a quantia de quatrocentos mil cruzeiros \(CR$ 400.000,00), da cota social que lhe cabe, como participante que é doravante da mesma firma. Pelo outorgado por seu representante MÁRIO AMAZONAS BRAÑA, me foi foi exibido o instrumento de procuração pública, em que o outorgante CLEODON URCESINO DE HOLANDA CASTRO, concede poderes a MÁRIO AMAZONAS BRAÑA, para representá-lo neste ato, lavrado no dia 4 de março de 1963, - nas Notas do Cartório Martins da mencionada cidade de Fortalexa, às folhas 533 do livro número 129. E, assim me pediram, lhes lavrei a presente escritura que lida e achada conforme, assinam com as testemunhas Alcinda Yára de Almeida e Cilde Guedes de Oliveira, meus conhecidos, residente nesta cidade de cuja identidade, dou fé. Eu, Cincinete Fontes da Silva, Tabelião de Notas a escrevi, subscrevo e assino em público e raso. Rm testemunho e (sinal público) da Verdade. (a) Cincinato Fontes da Silva, Tabelião de Notas. (aa) Antonio Urcesino de Castro Filho, Mário Amazonas Braña. Alcinda Yára de Almeida. Cilde Guedes de Oliveira. Estava legalmente selado. Translada nesta mesma data do próprio original do qual se repete e dou fé. Cincinato Fontes da Silva, Tabelião de Notas, extrai presente traslado, subscrevi, subscrevo e assino em público e raso. Em Testemunho da Verdade. Sena Madureira, 20 de novembro de 1963.
acervo Antonio Augusto Leite de Castro
"Sábio é aquele que de todos aprende. É forte o que vence a
si mesmo. Rico o que se contenta com o que possui. Só aquele que respeita a
pessoa humana merece por sua vez respeito." ( Talmud
).
É
de Capístrano de Abreu, com a lucidez habitual, o conselho a Paulo Prado: "As
preocupações genealógicas são os primórdios das preocupações históricas. Não
desdenhar delas." Norma nem sempre observada no domínio das letras, onde os
dados genealógicos são manipulados ao empuxo dos mais variados interesses, da
pura vaidade à sofreguidão pecuniária. (Ruy Vieira da Cunha)
FAMILIA BEZERRA, UM DOS MEUS COSTADOS MATERNO
Sobrenome, primitivamente alcunha. De
bezerra(Antenor Nascentes, II, 45).Já existia no tempo do rei D. Sancho II.
Alguns acreditamque viesse da provincia de Lugo, na Galiza, onde tinham solar
antes da conquista daEstremadura e de Andaluzia(1231 e 1249)(Carrafa, XV,
88).Felgueiras Gayo, apresenta, de forma pouco confusa, algumas origens para
esta familia, entre elas, a dos ir -mãos Antonio Martins Bezerra e Fernão
Gonçalves Bezerra, que denominamos detronco A e B. Antonio Martins Bezerra(c.
1499, Foz de Lima, Viana, Portugal), chefedo tronco A, também denominado de
"Bezerra Felpa", passou a Pernambuco,em companhia de sua esposa, Maria Martins
Bezerra, acompanhando o primeiro Donatário daquela Capitania. Entre os
descendentes do casal: I - o filho, Domingos Bezerra FelpaBarbuda, patriarca da
familia Bezerra Monteiro(v.s.), de Pernambuco; II - o filho, Gui -lherme Bezerra
Felpa Barbuda, patriarca da familia Barbalho Bezerra (v.s.),de Pernambuco; III -
o neto , Paulo Bezerra, natural de Viana, que passou para o Brasil,antes de1613,
estabelecendo-se em Pernambuco; IV - o bisneto, João Pessoa Bezerra,q. teveforo
de Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, por Alvará de 02.01.1672,Juiz Ordinário
deOlinda-PE, 1664 e 1671, Provedor da Santa Casa de Misericórdia(1664,1670,1679
e1684). Fernão Gonçalves Bezerra, Chefe do Tronco B, foi Almoxarife entre Douro
eMinho, em 1537, e deixou geração que passou ao Brasil.Entre os seus
descedentesI - o filho, Heitor Nunes Bezerra, que foi Administrador das Capelas
do S. Crucifixo edo Senhor dos Mareantes, na matriz de Viana; II - o neto, Pedro
Nunes Bezerra(24.081600), que adquiriu, por compra, o Prazo de Perre, quinta e
Torre de S.Gil de Perre ,onde institituiu um Morgado, unindo-lhe a Capela do
S.Crucifixo e do Senhor Marean -tes, na Matriz de Viana, por escritura de
11.1594.Foi confirmado, este vínculo, por Provisão Régia de
20.07.1595.Comendador da Ordem de Cristo.Fidalgo da Casa Real.Comendador sw
Santa Maria da Torre Bispado de Vizeu; III- a bisneta Brites Bezerra
quetornou-se matriarca da familia Bezerra Jácome(v.s.), da qual foi
representante em Pernambuco, do seu casamento com João Jácome, natural de
Braga,filho de Vasco Jácome, Senhor da Casa do Avellar, e de Melícia Gomes de
Abreu(Gayo,Bezerras,Tomo VII, 28). Linha Ilegitima: I - o neto do tronco A,
Fernão Bezerra Felpa Barbuda,que ainda vivia em 1645. Não deixou geração do seu
casamento, a 06.02.1606,na Ermida doEngenho S.Pantaleão, com Maria Gonçalves
Raposo(16.11.1621,PE).Deixou filhos q.foram legitimados.Entre os seus
descendentes : I - o neto, Domingos de Brito Bezer -ra, natural de Pernambuco,
que teve mercê do Hábito de S. Tiago, a 23.02.1647,pelosserviços prestados na
guerra contra os gentios. no Rio Grande de Norte, e na guerra contra os
holandeses, em Olinda, Recife e Salvador. Teve a patente de Capitão, pas -sada
na Bahia, a 10.10.1639 (Dicionário das Familias Brasileiras, Carlos Eduardo
Barata e Cunha Bueno
Sobrenome, primitivamente alcunha. De bezerra(Antenor Nascentes, II, 45).Já existia no tempo do rei D. Sancho II. Alguns acreditamque viesse da provincia de Lugo, na Galiza, onde tinham solar antes da conquista daEstremadura e de Andaluzia(1231 e 1249)(Carrafa, XV, 88).Felgueiras Gayo, apresenta, de forma pouco confusa, algumas origens para esta familia, entre elas, a dos ir -mãos Antonio Martins Bezerra e Fernão Gonçalves Bezerra, que denominamos detronco A e B. Antonio Martins Bezerra(c. 1499, Foz de Lima, Viana, Portugal), chefedo tronco A, também denominado de "Bezerra Felpa", passou a Pernambuco,em companhia de sua esposa, Maria Martins Bezerra, acompanhando o primeiro Donatário daquela Capitania. Entre os descendentes do casal: I - o filho, Domingos Bezerra FelpaBarbuda, patriarca da familia Bezerra Monteiro(v.s.), de Pernambuco; II - o filho, Gui -lherme Bezerra Felpa Barbuda, patriarca da familia Barbalho Bezerra (v.s.),de Pernambuco; III - o neto , Paulo Bezerra, natural de Viana, que passou para o Brasil,antes de1613, estabelecendo-se em Pernambuco; IV - o bisneto, João Pessoa Bezerra,q. teveforo de Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, por Alvará de 02.01.1672,Juiz Ordinário deOlinda-PE, 1664 e 1671, Provedor da Santa Casa de Misericórdia(1664,1670,1679 e1684). Fernão Gonçalves Bezerra, Chefe do Tronco B, foi Almoxarife entre Douro eMinho, em 1537, e deixou geração que passou ao Brasil.Entre os seus descedentesI - o filho, Heitor Nunes Bezerra, que foi Administrador das Capelas do S. Crucifixo edo Senhor dos Mareantes, na matriz de Viana; II - o neto, Pedro Nunes Bezerra(24.081600), que adquiriu, por compra, o Prazo de Perre, quinta e Torre de S.Gil de Perre ,onde institituiu um Morgado, unindo-lhe a Capela do S.Crucifixo e do Senhor Marean -tes, na Matriz de Viana, por escritura de 11.1594.Foi confirmado, este vínculo, por Provisão Régia de 20.07.1595.Comendador da Ordem de Cristo.Fidalgo da Casa Real.Comendador sw Santa Maria da Torre Bispado de Vizeu; III- a bisneta Brites Bezerra quetornou-se matriarca da familia Bezerra Jácome(v.s.), da qual foi representante em Pernambuco, do seu casamento com João Jácome, natural de Braga,filho de Vasco Jácome, Senhor da Casa do Avellar, e de Melícia Gomes de Abreu(Gayo,Bezerras,Tomo VII, 28). Linha Ilegitima: I - o neto do tronco A, Fernão Bezerra Felpa Barbuda,que ainda vivia em 1645. Não deixou geração do seu casamento, a 06.02.1606,na Ermida doEngenho S.Pantaleão, com Maria Gonçalves Raposo(16.11.1621,PE).Deixou filhos q.foram legitimados.Entre os seus descendentes : I - o neto, Domingos de Brito Bezer -ra, natural de Pernambuco, que teve mercê do Hábito de S. Tiago, a 23.02.1647,pelosserviços prestados na guerra contra os gentios. no Rio Grande de Norte, e na guerra contra os holandeses, em Olinda, Recife e Salvador. Teve a patente de Capitão, pas -sada na Bahia, a 10.10.1639 (Dicionário das Familias Brasileiras, Carlos Eduardo Barata e Cunha Bueno
AGOSTINHO BEZERRA, MÁRTIR CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - 1824
Segundo relata textualmente Pereira Costa nos seus
"Anais Pernambucano" , tôdas
as ruas do extenso e lúgubre trajeto, desde a cadeia, na rua 15 de Novembro, até
o lugar do patíbulo, no largo das Cinco Pontas, estavam repletas de
povo.
AGOSTINHO
BEZERRA marchava como que em triunfo, como que à frente do seu brioso batalhão,
alegre, despedindo-se íntima e prazenteiramente dos seus amigos, enternecidos,
banhados de lágrimas, quando êle sorria, e acenava com o chapéu para as senhoras
que se achavam nas varandas dos sobrados, e assim chegou ao
patíbulo.
E
êle sobe resoluto e firme a sua extensa escadaria, do alto volta-se para o povo
e com uma voz firme e segura dirige-lhe um breve discurso, e dispensando os
serviços do carrasco, representou ao mesmo tempo o duplo papel de vitima e de
algoz, e atirou-se, êle mesmo, da escada abaixo, nas convulsões da morte
!
O
cadáver da vítima teve condigna sepultura na igreja de S. Gonçalo do bairro da
Boa Vista, para onde foi religiosamente transportado, acompanhado de um grande
concurso popular.
A
lira dos poetas comemorou o nome do intrépido mártir, entre outras produções,
com êste belíssimo sonêto:Morreu! porém não morrem na memóriaDe ilustre herói
altas façanhas;Pela pátria empreendeu márcias campanhasAlcançando-lhe as palmas
da vitória.De Dias descendente a quem na históriaAplicou a Pernambuco ações
estranhas,Deixou o grande Agostinho à pátria ganhasMil grinaldas exalças d'onra
e glória.No seu sepulcro p'ra futura idade,Pernambuco saudoso d'oje em
vante,Este insigne epitáfio gravar ha-de:
"Aqui
jaz um herói, firme, constante,"Um capitão da Pátria e Liberdade,"AGOSTINHO
BEZERRA CAVALCANTE".A este benemérito pernambucano já pagamos nós o detido
preito de homenagem, inscrevendo o seu nome no nosso Dicionário biográfico de
pernambucanos célebres.Uma rua do bairro de Santo Antônio comemora o seu
nome."(Fonte
http://www.liber.ufpe.br/pc2/get.jsp?id=4614&year=1709&page=159&query=gadault&action=next
)
Segundo relata textualmente Pereira Costa nos seus "Anais Pernambucano" , tôdas as ruas do extenso e lúgubre trajeto, desde a cadeia, na rua 15 de Novembro, até o lugar do patíbulo, no largo das Cinco Pontas, estavam repletas de povo.
AGOSTINHO BEZERRA marchava como que em triunfo, como que à frente do seu brioso batalhão, alegre, despedindo-se íntima e prazenteiramente dos seus amigos, enternecidos, banhados de lágrimas, quando êle sorria, e acenava com o chapéu para as senhoras que se achavam nas varandas dos sobrados, e assim chegou ao patíbulo.
E êle sobe resoluto e firme a sua extensa escadaria, do alto volta-se para o povo e com uma voz firme e segura dirige-lhe um breve discurso, e dispensando os serviços do carrasco, representou ao mesmo tempo o duplo papel de vitima e de algoz, e atirou-se, êle mesmo, da escada abaixo, nas convulsões da morte !
O cadáver da vítima teve condigna sepultura na igreja de S. Gonçalo do bairro da Boa Vista, para onde foi religiosamente transportado, acompanhado de um grande concurso popular.
A lira dos poetas comemorou o nome do intrépido mártir, entre outras produções, com êste belíssimo sonêto:Morreu! porém não morrem na memóriaDe ilustre herói altas façanhas;Pela pátria empreendeu márcias campanhasAlcançando-lhe as palmas da vitória.De Dias descendente a quem na históriaAplicou a Pernambuco ações estranhas,Deixou o grande Agostinho à pátria ganhasMil grinaldas exalças d'onra e glória.No seu sepulcro p'ra futura idade,Pernambuco saudoso d'oje em vante,Este insigne epitáfio gravar ha-de:
"Aqui jaz um herói, firme, constante,"Um capitão da Pátria e Liberdade,"AGOSTINHO BEZERRA CAVALCANTE".A este benemérito pernambucano já pagamos nós o detido preito de homenagem, inscrevendo o seu nome no nosso Dicionário biográfico de pernambucanos célebres.Uma rua do bairro de Santo Antônio comemora o seu nome."(Fonte http://www.liber.ufpe.br/pc2/get.jsp?id=4614&year=1709&page=159&query=gadault&action=next )
VISITEM OS ANAIS PERNAMBUCANO DE 1493 A 1850, UMA VERDADEIRA ENCICLOPÉDIA PERNAMBUCANA CRIADA POR PEREIRA DA COSTA
FONTE http://www.liber.ufpe.br/pc2/anais.jsp
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Os
Anais Pernambucanos
Artigo do historiador
Jordão Emerenciano, então diretor do Arquivo Público de Pernambuco, publicado em
16 de dezembro de 1951, no Diário de Pernambuco.
Os Anais
pernambucanos compreendem o período de 1493 a 1850. São 357 anos de história narrada dia após dia. Nos Anais
estão não só os nomes de grandes heróis como de obscuros e silenciosos homens
que fizeram alguma cousa pela sua terra. Está registrado desde o fato histórico
importante e bem composto até o incidente jacoso, mas colorido e humano. E não
só a história oficial, grave e solene, como a história social da vida
pernambucana nos seus múltiplos aspectos econômicos, políticos e religiosos. As
informações sobre o açúcar, o café, o algodão ocupam nos Anais a posição de
verdadeiras monografias. É o melhor repositório de dados sobre nossa província.
Numa palavra: é o retrato vivo e humano de Pernambuco em corpo inteiro. Os Anais
são na verdade uma enciclopédia pernambucana.
O mais impressionante
é que uma obra desse porte e desse volume - a edição do Aquivo Público irá a
mais de dez tomos de 600 páginas - foi realizada por um só homem, desajustado e
pobre. Um homem que não dispunha nem dos recursos nem dos processos da moderna
pesquisa histórica. Força é reconhecer que semelhante empresa deve ter tido os
seus momentos de desespero, melancolia e desânimo. Nada, porém, abateu aquele
velhinho mirrado e gasto pelo trabalho. Nada abateu a coragem daquele homem
modesto, mas profundamente dedicado ao estudo do passado pernambucano. Sua
dedicação, sua coragem, seu nobre e silencioso heroísmo resultaram nessa obra
que é o maior monumento histórico e literário, construído dia a dia, para
exaltar o esforço povoador, o trabalho e a energia, o heroísmo, o espírito e a
tradição de Pernambuco.
Pereira da Costa
conseguiu essse admirável milagre de realizar, sozinho e pobre, uma obra que
pelo vulto, pela importância e pela extensão transcedente do esforço de um
indivíduo para assemelhar-se ao de toda uma corporação. Esse milagre ele
conseguiu pelas suas qualidades pessoais de tenacidade, resistência, dedicação,
capacidade de trabalho e, sobretudo, pelo muito amor que votava a Pernambuco.
Sua obra é o milagre do amor. De amor à sua terra e à sua
gente.
Referência:
http://jangadabrasil.com.br/fevereiro30/al300200.htm
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Referência:
http://jangadabrasil.com.br/fevereiro30/al300200.htm
Os
Anais Pernambucanos
Artigo do historiador
Jordão Emerenciano, então diretor do Arquivo Público de Pernambuco, publicado em
16 de dezembro de 1951, no Diário de Pernambuco.
Os Anais
pernambucanos compreendem o período de 1493 a 1850. São 357 anos de história narrada dia após dia. Nos Anais
estão não só os nomes de grandes heróis como de obscuros e silenciosos homens
que fizeram alguma cousa pela sua terra. Está registrado desde o fato histórico
importante e bem composto até o incidente jacoso, mas colorido e humano. E não
só a história oficial, grave e solene, como a história social da vida
pernambucana nos seus múltiplos aspectos econômicos, políticos e religiosos. As
informações sobre o açúcar, o café, o algodão ocupam nos Anais a posição de
verdadeiras monografias. É o melhor repositório de dados sobre nossa província.
Numa palavra: é o retrato vivo e humano de Pernambuco em corpo inteiro. Os Anais
são na verdade uma enciclopédia pernambucana.
O mais impressionante
é que uma obra desse porte e desse volume - a edição do Aquivo Público irá a
mais de dez tomos de 600 páginas - foi realizada por um só homem, desajustado e
pobre. Um homem que não dispunha nem dos recursos nem dos processos da moderna
pesquisa histórica. Força é reconhecer que semelhante empresa deve ter tido os
seus momentos de desespero, melancolia e desânimo. Nada, porém, abateu aquele
velhinho mirrado e gasto pelo trabalho. Nada abateu a coragem daquele homem
modesto, mas profundamente dedicado ao estudo do passado pernambucano. Sua
dedicação, sua coragem, seu nobre e silencioso heroísmo resultaram nessa obra
que é o maior monumento histórico e literário, construído dia a dia, para
exaltar o esforço povoador, o trabalho e a energia, o heroísmo, o espírito e a
tradição de Pernambuco.
Pereira da Costa
conseguiu essse admirável milagre de realizar, sozinho e pobre, uma obra que
pelo vulto, pela importância e pela extensão transcedente do esforço de um
indivíduo para assemelhar-se ao de toda uma corporação. Esse milagre ele
conseguiu pelas suas qualidades pessoais de tenacidade, resistência, dedicação,
capacidade de trabalho e, sobretudo, pelo muito amor que votava a Pernambuco.
Sua obra é o milagre do amor. De amor à sua terra e à sua
gente.
http://jangadabrasil.com.br/fevereiro30/al300200.htm